Primeiro, no que tem de ver, diretamente, connosco próprios. A forma como pensamos e, porque não dizé-lo, como sentimos as coisas tende a variar e a flutuar conforme sopra o vento do nosso estado de espírito. E se, por norma, mantemos determinados valores, atitudes e comportamentos, mesmo esses tendem a ser mais ou menos valorizados conforme nós nós sentimos e estamos no momento.
Depois, a perceção sobre a própria exequibilidade das nossas expectativas. Se bem que, até certo ponto, está ligada a nós próprios, a exequibilidade daquilo que pensamos e queremos para nós tende a ser algo de muito mais definitivo. Definitivo, no sentido de concreto. No sentido de não depender de flutuações de humor mas daquilo que nós, racionalmente, julgamos ser, ou não, atingível. Atingível porque temos capacidade para lá chegar, atingível porque o contexto nos impede, ou não, de lá chegar.
Por último, e talvez o ponto mais sensível da gestão das expetativas, aparece a (possível) necessidade de aval ou dependência de terceiros. E é aqui que, para mim, o equilíbrio pode ser mais perturbado. Porque eu posso ter expetativas minhas, que não eepndam o meu estado de espírito. Objetivos que queira atingir. Que sejam exequíveis e que tenham lógica no contexto em que estou inserido. Se, por algum motivo, para o bem e para o mal, essa expetativa/objetivo depender, de forma direta e relacional, de uma outra pessoa, então tem todo o potenciar para ser destrutivo. Porque esta necessidade de aval de alguém não se coaduna com a necessidade e possibilidade de controlo da situação. E isto será, tendencialmente muito perigoso. Porque se não tivermos o controlo da situação, estamos a perder o equilíbrio oe as rédeas do nosso caminho.
Se as expetativas forem independentes do estado de espírito, ajustadas ao contexto e coincidentes com as ideias/expetativas de terceiros... Então tudo ótimo. Fantástico mesmo, e a vida correrá sobre rodas.
A verdade é que, feliz ou infelizmente, não é isso que ocorre na grande maioria das situações. Às nossas expectativas falta sempe um vértice destre triângulo que, não sendo amoroso, influi no nosso bem-estar.
O que fazer, então? Deixar andar, à mercê do vento? Ou então, toldar a nossa forma de ser e de estar, ainda que de forma momentânea, em virtude das expetativas, cenlas, opiniões ou forma de estar?
É que a diferença, ideológica ou mais prática, é enorme. E, sinceramente, não me parece que estejam corretas, nem uma nem outra.
A solução, a mim, parece-me simples. Nunca, jamais, abdicar das nossas expetstivas, sonhos ou ideias para o futuro. Nada seria pior do que achar que poderíamos ter feito mais, melhor ou diferente em relação a nós, ao que queremos para nós. Como tal, parece-me que a solução é NUNCA desistir das nossa expetstivas. Podemos nunca lá chegar.ms que nunca nos falte a força da esperança.
Mesmo que essas expetativas dependam de outras pessoas. O importante é fazer o nosso e ter fé que no futuro tudo resulte e encaixe.
Nem sempre é fácil. Nem sempre conseguimos sem perder um pouco de nós, da nossa essência, daquilo que nós caracteriza. Por vezes teremos de deixar tudo lá no fundo e levar a pensar que abdicámos de determinada perspetiva, expetativa ou sonho. Mesmo que, cá bem por dentrou, saibamos que não é nada assim, que não é como fazemos ou damos a entende.
Contudo, é a única solução. A única defesa que temos para chegar e preencher as nossas expetativas. É uma caminhada solitária, condenada ao insucesso. Mas se não formos nós, quem a fará?
MB
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