Depois de tudo isto, dia 30 de janeiro era a final do Open da Austrália. Do outro lado da rede não estava nenhum dos habituais. Nem Federer, nem Djokovic. Do outro lado da Rede, Medvedev. Mas nem por isso mais fácil. Medvedev tinha despachado, por triplo 6-4, Djokovic no último US Open.
Joga-se a final. 2 sets a 0 para Medvedev. Nadal não recupera de uma desvantagem de 2 sets desde 2007!!! Chegou a aparecer na transmissão um gráfico que dava 4% de possibilidades de vitória a Nadal.
Fiel a si mesmo. E esta foi, para mim, a chave. Sempre fiel a si mesmo, sempre sem abdicar de si, continuou a jogar. A falhar cada vez menos. A ver o adversário a falhar cada vez mais. Ponto após ponto.
2-2 em sets. 5-4 a favor. 30-0 a favor. A dois pontos da vitória. O público sente o momento, mas Rafa também. Pareceu claudicar, Medvedev consegue o break. 5-5. O sonho tinha estado ali. Emocionalmente deve ter sido terrível. Mentalmente é impossível não sentir que o momento tinha sido ali. 5-5, Medvedev a servir. Break, Nadal.
2-2 em sets. 6-5 a favor. 30-0, a favor. Não ia deixar fugir uma 2a oportunidade...
Domingo. 30 de janeiro de 2022. 14:00, mais coisa menos coisa. Nadal vence o Open da Austrália. Um exemplo de superação. De resiliência. De crença em si. Um exemplo que devemos levar. Para o desporto e para a vida.
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